terça-feira, 24 de março de 2015

Educação sexual nas escolas


A escola deve ser entendida como uma instituição educacional. A educação global se dá  através do processo de ensino aprendizagem  que é passado de uma geração para outra e para tanto, todo os temas pertinentes a vida em comunidade devem ser abordados na escola de forma a permitir que o aluno se contextualize e que ainda tenha a capacidade de fazer reflexão crítica sobre os assuntos apresentados e estudados.
O estudo do corpo humano, bem como as formas de reprodução dos seres vivos são assuntos abordados nas aulas de biologia, inclusive mencionados nos livros didáticos, normalmente esse tema gera muita curiosidade nos alunos e muitos se sentem a vontade para perguntar e tirar dúvidas com seus professores e outros colegas.
Os profissionais de educação devem ser qualificados e ter habilidade para tratar do tema com seriedade e respeito, explicando através da ciência tudo sobre sexo.
Vários são os aspectos a serem abordados na educação sexual, questões biológicas, históricas, sociais, religiosas, legais, químicas, geográfica, matemática e por aí vai... Quanta interdisciplinaridade.
O importante é que o aluno tenha conhecimentos necessários para entender seu corpo seus desejos, a cultura da comunidade que está inserido e as de outras comunidades e fazer boas escolhas, tomar decisões acertadas e principalmente saber se proteger.
Embora ainda nos dias de hoje esse tema ainda gere muita polêmica. Acredito que o papel da escola é de total importância, temos que assumir nossa postura de educadores e dar conta deste conteúdo que talvez seja um dos mais relevantes para os nossos alunos.
Penso que o tema pode ser inserido aos poucos, principalmente quando surge uma necessidade de falar do assunto, a escola não pode se omitir. Dentro do conteúdo programático penso que o ideal seja começar a partir do 6º ano do ensino fundamental, período que já começam acontecer modificações no corpo dos alunos.
Muitos tabus, muitas famílias não aceitam que os alunos tenham esse tipo de conhecimento através da escola ou de outro meio, como se fosse possível impedir que a informação chegue... E pior é que acaba chegando de forma certa ou errada. Muitos pais não sabem como lidar com a situação. Ainda tem as questões religiosas das quais não aceitam contraceptivos, homossexualismo e sexo antes do casamento. Realmente é um tema complexo e exige competência para lidar com ele.
As escolas ficam com medo de ter problemas e muitas vezes se esquivam deixando mesmo essa responsabilidade para as famílias
Infelizmente sim, uma orientação da escola para os pais, envolvendo-os na proposta educacional seria muito interessante, embora seja utópico desejar que todos aderissem aos programas. Sempre digo que os pais devem conhecer a proposta da escola antes mesmo de matricularem seus filhos e nesse momento fazer todas as perguntas para que tenham clareza da proposta educacional da escola e possam confiar na sua missão.
A mídia estará sempre à frente com seus apelos sexuais e ninguém tem como controlar o acesso a isso, o quanto antes o aluno receber conhecimentos e orientações corretas, menor será o risco de ter problemas desta natureza e com certeza também será mais facilmente resolvido frente a várias questões que poderão surgir em sua vida.

É fato que cada vez mais, é delegado a escola todos os temas que envolvem a educação, porém com uma proposta pedagógica bem definida e estruturada, profissionais qualificados podemos e resolver e assumir com todos os desafios de educar.

Segue o link da matéria publicada
(matéria a partir da página 24)


Ester Chapiro, Psicopedagoga da Central de Professores

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