Criar e educar bem os filhos exige muito trabalho e para tanto, os pais
devem monitorar e acompanhar todas as atividades de seus filhos. O uso dos
smartphones, portanto não pode e não deve ser diferente, tem que ser monitorada
mesmo!
É necessário muito cuidado com a exposição das crianças em redes
sociais, acesso a sites inapropriados e também evitar que a criança faça
contatos com estranhos ou coloque informações como telefone, endereço, local
onde estuda ou outros dados que podem vir colocar em risco sua integridade
física e moral. Os pais precisam controlar avisar e preparar seus filhos para
se protegerem destes perigos.
Hoje, o acesso a estes aparelhos se tornou muito fácil, as crianças
muito cedo, aprendem a manusear e se agradar dos efeitos sonoros, visuais e de
interação dos aplicativos. Basta colocarem o dedinho na tela e pronto, tudo
acontece: sons, imagens, movimentos, animações encantadoras que fascinam a
todos. Pensando bem, virar a página de um livro dá mais trabalho,
correr, falar, desenhar, ler, etc. quase todas as outras atividades exigem
maior esforço e perícia. Isso faz com que esse recurso seja muito bem aceito e
desde muito pequenas as crianças já conseguem fazer algum uso do smartfone de
forma simples, depois de familiarizados com os aparelhos, vão crescendo e logo
se tornam especialistas, navegando rápido e fazendo sempre novas descobertas.
Já nasceram diante dessa realidade tecnológica, ao contrário de nós, que só
agora começamos a conviver com esse advento que sem dúvida é maravilhoso.
A TV e os brinquedos eletrônicos, também agradam muito aos pequenos,
porém tudo deve ser dosado e planejado cuidadosamente para que as crianças
aproveitem os benefícios da tecnologia sem deixar de serem estimuladas a
desenvolverem-se em todas as áreas. Ficar muito tempo só uma atividade
não é saudável.
Existem aplicativos mais indicados para determinada faixa etária basta
pesquisar na internet que é sugerido o aplicativo para cada faixa etária e
muitos deles são gratuitos.
O tempo de concentração de uma criança por uma atividade depende de sua
idade e de seu desenvolvimento. O adolescente consegue ficar muito mais tempo
concentrado numa mesma atividade, principalmente quando é de seu interesse.
Pedagogicamente, penso que mais de duas horas numa mesma atividade, pode não
ser produtivo, principalmente quando prejudica a participação em outras
atividades como o convívio familiar e social ou deixam de cumprir suas
responsabilidades.
Controlar o tempo do uso do smartfone é uma difícil tarefa , uma dica é
permitir uso do smartfone somente no tempo livre, após o término dos
compromissos diários. Conversar, negociar e fazer acordos explicando o porquê
da decisão dos pais quanto ao uso dos aparelhos, ajuda o entendimento e o
respeito das regras pelas crianças e adolescentes. O entrosamento na relação
entre pais e filhos é fundamental, os pais devem sugerir e apresentar várias
outras formas de entretenimento para que a criança não se torne dependente de
um único prazer. O controle, bem como regras bem definidas para o uso do
aparelho é função exclusiva dos pais, portanto para os professores, cabe apenas
não deixar as crianças usarem estes aparelhos em sala de aula.
Os pais devem interferir sempre que perceberem que há excessos, o
critério de avaliação depende de cada família, o importante é não deixar que o
uso em demasia atrapalhe outras atividades. É preciso estar atento e ter o
controle da situação.
É muito comum que crianças e adolescentes usem o smartphone na escola e
até durante as aulas. Para controlar isso, só conheço uma maneira e é radical: proibindo o uso na sala de aula. Os
pais e filhos deverão ser avisados da norma da escola que só permite o uso
desses aparelhos, no recreio e na saída. Para casos de emergências todas as
escolas possuem telefones onde poderá ser feita a comunicação com o aluno, se
for o caso.
22/02/2014
Ester Chapiro, Psicopedagoga da
Central de Professores
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